AGORA É BETA…

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Depois de muito ponderar, Alberto Mello “Beta” decidiu não avançar como candidato independente à CM Praia. Já aqui analisamos a sua decisão e na altura classificamos a sua atitude como um acto de subserviência em relação à liderança do partido. Nesse post, fizemos algumas questões como “Será que é medo de Ulisses ou haverá algo mais?” “Um passo atrás, para depois dar dois à frente? A resposta será dada nos próximos tempos…”

E de facto, estávamos certos! Afinal, havia mesmo algo mais e a resposta foi dada, conforme noticia o jornal “A Semana”.

“No MpD, o vereador Alberto “Beta” Mello desistiu da sua candidatura independente à Câmara da Praia (CMP) e em troca terá o cargo de director do Instituto Nacional de Gestão do Território (INGT), avança fonte do A Semana, que diz conhecer bem os meandros da negociação feita entre Mello e a cúpula do MpD. Este garante que, por trás deste recuo de Mello, está sobretudo a promessa do cargo e não apenas a oferecida liderança à Assembleia mais a apregoada coesão do partido, como se quer fazer crer. «Beta» nega ter ponderado avançar como independente e avisa que «não é pessoa de fazer trocas de serviço».”

Achamos que está tudo dito. “No further questions”

Michelle Obama de passagem por Cabo Verde

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Michelle Obama, primeira dama dos Estados Unidos fará esta noite uma breve escala em território nacional no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal. Esta escala antecederá um programa de visitas à Libéria, Marrocos e Espanha com o propósito de sensibilizar as autoridades para a educação de mulheres, uma iniciativa do Governo americano.

Neste breve período em que fará escala na ilha do Sal, terá um encontro com a primeira-dama de Cabo Verde, Lígia Fonseca e manterá um encontro de trabalho com ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Filipe Tavares, conforme informações avançadas pela Embaixada dos Estados Unidos em Cabo Verde.

Não é uma visita oficial a Cabo Verde, mas o facto de efectuar escala na ilha do Sal e de se mostrar disponível para se reunir com os representantes nacionais é demonstrativo da credibilidade internacional que o nosso país tem conseguido nos últimos anos.

O mandato de Barack Obama termina este ano e por isso não haverá a possibilidade de fazerem uma visita oficial a Cabo Verde. Contudo, poderão ser criadas pontes para um regresso a território nacional após o termino do mandato. Em termos de cobertura internacional seria muito importante uma visita deste género, especialmente na área do turismo.

MONTE TCHOTA – UMA QUESTÃO DE INTERESSE NACIONAL

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Passam hoje dois meses da tragédia de Monte Tchota. Gostaríamos de voltar a trazer o tema para a agenda mediática por vários motivos, mas essencialmente por ser um assunto de interesse nacional. Obviamente que não é um assunto apelativo pela sua natureza, mas não podemos fugir aos nossos problemas. O facto de termos cidadãos estrangeiros entre as vitimas, coloca o foco mediático internacional no nosso país e por isso temos que dar uma resposta à altura. Não por queremos dar a entender à comunidade internacional que temos um sistema de justiça ao nível dos países mais desenvolvidos do mundo, quando não temos. Mas sim pelo facto de sermos um povo naturalmente humilde, compreensivo e sobretudo humanista. É esta a nossa natureza e é o que temos de demonstrar ao mundo, para resolvermos esta situação.

Infelizmente, isso não está a acontecer. Após a tragédia, ficamos mais de um mês sem chefe de Estado-maior das Forças Armadas, o soldado “Antony” Silva continua preso e sem nenhuma acusação formada. Para além disso, a devida assistência psicológica continua a não ser prestada de forma efectiva, quer ao soldado quer às famílias das vitimas.

Entretanto, o Governo já aprovou um apoio financeiro para as famílias das vítimas, mas nesta fase o mais importante para as famílias é uma resposta definitiva, como confessava o pai de uma das vítimas numa declaração recente, “Passamos todo este período descontrolado e desanimado porque ainda não tivemos nenhum tipo de informação sobre o que aconteceu. Ninguém nos explicou nada sobre isso”.

Por tudo isto, pedimos aos governantes da nossa nação que representem convenientemente a natureza humana do nosso povo e de uma vez por todas resolverem este assunto. Só assim as famílias poderão retomar as suas vidas dentro da “normalidade” possível.

PARA QUANDO O ORÇAMENTO DE ESTADO?

13517414_854213934723464_7545855726302198216_oNos últimos tempos, temos alertado para o facto de o novo Governo não ter as suas prioridades bem definidas. Repare-se por exemplo na demora na apresentação do Orçamento de Estado. Segundo a Constituição da Republica, o orçamento tem que ser entregue a todos os agentes políticos com uma antecedência de 30 dias relativamente à sua discussão e votação na generalidade. Depois deste primeiro passo, o Orçamento é analisado e votado na especialidade, o que torna o processo ainda mais moroso. Na melhor das hipóteses, todos estes procedimentos demoram cerca de um mês e meio. O mais “engraçado” no meio de tudo isto é que o Orçamento estava previsto ser apresentado no passado dia 11 e já vamos a 24…

Estamos a falar no dossier mais importante e prioritário para um Governo e para uma nação, ainda para mais quando estamos a ser geridos por um Orçamento por duodécimos, com todas as dificuldades e limitações inerentes.

Obviamente, quando um partido político se propõe a eleições já tem as linhas mestras da sua política orçamental bem definidas, por isso, estranhamos a forma leviana como todo este processo tem sido tratado. Enquanto o foco principal deveria ser o Orçamento de Estado, os nossos Governantes andam a passear por esse Mundo fora, deixando as “chaves” do país ao vice-presidente da Assembleia da República, Austelino Correia.

Por tudo isto, parece-nos que o Governo tem contas a prestar ao povo Cabo-verdiano e esclarecimentos são obrigatórios nesta fase. O Governo está com dificuldades em fazer o Orçamento? Será um problema relacionado com a dificuldade em estabelecerem metas claras? Ou por outro lado, será que estão a instrumentalizar o Orçamento de Estado para entrar em vigor depois das Eleições Autárquicas?

EXCLUSIVO: DEPUTADO CARLOS MONTEIRO (MPD) É PROPRIETÁRIO DO JORNAL CABO VERDE DIRETO

Há muito tempo que se ouvem rumores que apontam para o facto de alguns jornais online serem liderados na “clandestinidade” por militantes ventoinhas. Resolvemos investigar e chegamos à conclusão que o deputado Carlos Monteiro (MpD) é o líder do jornal online “Cabo Verde Direto”. Passamos a detalhar a nossa pesquisa para que não restem dúvidas.

Consultamos um site especializado em domínios (http://whois.domaintools.com/) para verificarmos o proprietário do domínio do jornal em causa. Ao introduzirmos o endereço do jornal Cabo Verde Direto, obtivemos a informação que o titular do domínio é o Sr.Carlos Monteiro e que o email associado é carlos.monteiro74@gmail.com. Para confirmarmos a informação fizemos algo muito simples: Colocamos este endereço de email no Google e fomos imediatamente remetidos para a página do jornal Cabo Verde Direto e para uma crónica do deputado Carlos Monteiro, que para além de dar a imagem e assinar o texto, coloca também o seu email pessoal no fim da notícia, como fazem todos os cronistas. Desde logo, ficou confirmado que o email pessoal do deputado Carlos Monteiro é o mesmo email que registou o domínio do jornal. As dúvidas já estavam dissipadas mas mesmo assim tentamos outra confirmação através do Facebook. Colocamos o email no barra de pesquisa e fomos logo direccionados para página do Sr. Deputado Carlos Monteiro no Facebook. Este processo é simples de efetuar e pode ser feito por qualquer utilizador de internet.

Por tudo isto, fica cabalmente provado que o jornal online é liderado pelo deputado do MpD, Carlos Monteiro.
Um escândalo de dimensão nacional e que terá que ter fortes repercussões políticas, jurídicas e de impacto mediático. Solicitamos que os restantes órgãos de comunicação social tenham a coragem de denunciar este caso; Solicitamos à Autoridade Reguladora para a comunicação social (ARC), uma investigação aprofundada e severas punições para o jornal e para os seus responsáveis; Solicitamos ao Parlamento de Cabo Verde a abertura de um processo de inquérito; Solicitamos ao Tribunal Constitucional e ao Parlamento um esclarecimento sobre o que foi declarado pelo deputado na sua declaração de interesses; Ao Presidente do grupo parlamentar do MpD, solicitamos um esclarecimento cabal de qual é a sua posição sobre o facto de ter um deputado na sua bancada, comprovadamente mentiroso e quais as consequências políticas que irá retirar deste caso; Ao MpD solicitamos a abertura de um inquérito disciplinar ao seu militante; Solicitamos ao Ministério Público a abertura de um processo de inquérito, relativamente a toda a matéria criminal que possa ser considerada neste caso e finalmente solicitamos um esclarecimento ao líder do MpD, Ulisses Correia e Silva sobre se mantém a confiança política no seu deputado.

Pela verdade e por Cabo Verde, sempre sem filtro!

ABANDONO E NEGLIGÊNCIA

Por esta altura, Cabo Verde está com os representantes dos principais órgãos de soberania fora do território nacional. O Presidente da República encontra-se num périplo Europeu. A segunda figura mais importante da nação, o O Sr. Presidente da Assembleia está nas Caraíbas para a VIII Jornadas Parlamentares Atlânticas. O Primeiro-ministro está em Lisboa numa visita de 5 dias e fez-se acompanhar pelos Ministros Luís Filipe Lopes Tavares, Paulo Rocha e Abraão Vicente.

Pode parecer uma questão de somenos, mas na realidade não o é. De acordo com a lista de precedências do protocolo da República de Cabo Verde, a mais alta figura da nação em território nacional é o Vice-Presidente da Assembleia da República, Austelino Correia. Se isto não fosse factual, até tinha alguma piada considerar uma figura destas como representante máximo da nossa nação.

O que é certo é que todos estes dirigentes políticos decidiram “abandonar” o país ao mesmo tempo sem o mínimo de coordenação de agendas entre as 3 instituições que representam ( Presidência da República, Assembleia da República e Governo). O facto de serem todos militantes do MpD deveria facilitar esta coordenação mas provavelmente outros valores se levantaram…

A LEI DO VALE TUDO

Um grupo de cidadãos, incluindo personalidades de vários quadrantes, reagiu em defesa do Centro Histórico do Mindelo.
Numa lógica difícil de explicar, a Câmara de São Vicente decidiu vender ao proprietário do MindelHotel um terreno de referência.

“Com essa decisão a Câmara atropelou a lei, ao passar por cima do órgão competente para aprovar alterações aos planos de pormenor, e frustrou as expectativas dos proprietários que construíram os seus edifícios, contando com uma praceta junto aos seus prédios.”

Para além desta venda, foi dada autorização ao MindelHotel para demolir os antigos anexos e para a construção de um novo edifício com dois pisos, quando inicialmente existia apenas um piso. Ainda mais grave, foi a autorização do avanço de dois metros em relação à implantação anterior o que causará grandes constrangimentos à rede de distribuição da Electra.

Tudo isto na zona histórica, atropelando todas as leis para satisfazer o interesse privado. Obviamente, queremos e precisamos de investimento privado para o desenvolvimento das nossas ilhas, mas estes processos não podem ser geridos numa lógica de “vale tudo”, atropelando todas as leis e os procedimentos que devem prevalecer no processo de desenvolvimento da cidade e da salvaguarda do Património Nacional.

CHUVA CIVIL NÃO MOLHA MILITARES

Após as polémicas escolhas dos candidatos autárquicos pela comissão nacional do MpD, foram muitas as vozes de dentro do partido que se expressaram contra o modo como as decisões foram tomadas. Esta crispação interna, levou à uma tomada de posição de Ulisses Correia e Silva que ameaçou todos aqueles que concorressem como independentes com pesadas sanções.

O que é um facto é que esta estratégia aparentemente intimidatória resultou com Franklin Tavares, Francisco Tavares e Alberto Mello “Beta”. Ainda é cedo para perceber se estas três figuras do partido “desistiram” por medo ou se por algo mais. O tempo dirá, mas o que é certo é que Alberto Mello não perdeu o comboio das autárquicas e avança para a Assembleia Municipal da Praia, numa lista liderada por Óscar Santos. Veremos até quando dura esta paz podre no MpD da Praia.

Dos restantes contestatários, o deputado José Luís Santos mantêm o tabu e ainda não tomou uma posição definitiva sobre se avança ou não como independente. Quem avança mesmo é Pedro Morais na Ribeira Brava. Temos que valorizar a nobreza e seriedade de colocar o seu destino única e exclusivamente nas mãos do povo não se escondendo debaixo do chapéu de chuva partidário. Não queremos entrar discussões ideológicas, de personalidade ou capacidade de liderança mas neste ponto Pedro Morais está muito à frente dos restantes contestatários ventoinhas.

É caso para dizer “Chuva civil não molha militares”.

LIBERDADE DE IMPRENSA

Os jornais A Nação, Expresso das Ilhas e Cabo Verde Directo sofreram processos de contraordenação pela Autoridade Reguladora da Comunicação (ARC). Em causa estão a divulgação de notícias nas suas edições em papel, onde são revelados dados das sondagens dos candidatos do MpD.

De salientar que apenas estes jornais foram autuados, ficando de fora os jornais online, as rádios ou canais de televisão que de forma explícita tenham também mencionado às sondagens do MpD.

Como se sabe, a divulgação destas sondagens expôs por completo a forma antidemocrática como o MpD escolheu os seus candidatos autárquicos. Existiu uma situação onde um pré-candidato obteve o triplo das intenções de voto do candidato que acabou por ser escolhido pelo partido. Sem estas informações de serviço público, os cabo-verdianos estariam na “escuridão” no que diz respeito às escolhas dos candidatos do MpD para as autárquicas.

A aplicação destes processos de contraordenação é um episódio gravíssimo e que em nada abona a favor da democracia e da liberdade de imprensa e de opinião em Cabo Verde. Fica o alerta para todos os cabo-verdianos redobrarem as suas atenções, num ano que nos vai trazer duas eleições importantíssimas para o futuro do nosso país.

ALBERTO MELLO “BETA” – O SUBSERVIENTE

Alberto Mello anunciou recentemente que não será candidato independente à CM da Praia, após ter sido preterido pelo MpD, mesmo quando ganhou a sondagem interna com larga margem sobre Óscar Santos.

“Continuo a pensar que tenho todas as condições políticas e pessoais para protagonizar uma candidatura vitoriosa para a capital. É o que dizem os estudos de opinião e é o que sinto nas ruas, no contacto com pessoas de várias sensibilidades políticas e origens sociais e nas manifestações de apoio que tenho recebido.”

Se assim é porque não se candidatou como independente? Será medo de Ulisses ou haverá algo mais?

“O meu partido é a Praia, mas o meu partido é, também, o MpD. Para além de cidadão, apesar do meu empenho pelos interesses da capital, sou um homem de partido e de projeto.”

Quem se candidata a um cargo público deve ter uma enorme devoção à causa pública e ter uma vontade férrea em servir a população. Neste caso, ficou demonstrado que o amor ao MpD é maior do que o que sente pela Praia e pela sua população e essa é uma marca que todos aqueles com memória não irão esquecer em eleições futuras.

“Não avanço como candidato independente mas estou disponível para ajudar o meu Partido a vencer mais esta batalha eleitoral. Neste sentido, aceitei encabeçar a lista para a Assembleia Municipal.”

Um passo atrás, para depois dar dois à frente? A resposta será dada nos próximos tempos…